O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta sexta-feira (3) ao governo de Israel para interromper “imediatamente” os bombardeios na Faixa de Gaza, pouco após o grupo terrorista Hamas ter afirmado que aceita libertar todos os reféns que permanecem retidos no enclave palestino.
“Com base na declaração recém-emitida pelo Hamas, acredito que eles estão prontos para uma paz duradoura. Israel deve interromper imediatamente o bombardeio a Gaza, para que possamos resgatar os reféns com segurança e rapidez! Neste momento, é perigoso demais fazer isso”, escreveu Trump na rede Truth Social.
“Já estamos discutindo detalhes a serem acertados. Não se trata apenas de Gaza, trata-se da paz há muito almejada no Oriente Médio”, acrescentou o presidente americano.
Mais cedo, o Hamas havia anunciado que decidiu libertar todos os reféns israelenses sob os termos apresentados por Trump no início da semana e sinalizou a disposição de negociar imediatamente os detalhes do acordo de paz.
O Hamas informou que concorda em libertar “todos os prisioneiros israelenses, tanto vivos quanto mortos”, “sempre que se cumpram as condições sobre o terreno para a troca”.
Ainda há 48 reféns retidos em Gaza pelo grupo terrorista e milícias aliadas; acredita-se que apenas 20 estejam vivos.
O Hamas se disse também disposto a iniciar “negociações imediatas por meio dos mediadores” para discutir os detalhes do plano.
O grupo terrorista disse renovar “seu acordo para entregar a administração da Faixa de Gaza a uma organização palestina de independentes (tecnocratas), com base no consenso nacional palestino e no apoio árabe e islâmico”.
Nesta sexta-feira, Trump havia dado ao Hamas um prazo até domingo, às 18h de Washington (19h de Brasília), para aceitar o plano de paz que propôs para o enclave e ameaçou que, caso contrário, haveria “um inferno como nunca antes se viu” contra o grupo terrorista.