GUSTAVO CASTRO
DO REPÓRTERMT
O juiz Pierro de Farias Mendes decidiu, durante audiência de custódia nesta quarta-feira (1), manter a prisão temporária de Vitor Hugo Oliveira da Silva, de 21 anos, apontado como o piloto da motocicleta utilizada no assassinato da personal trainer Rozeli da Costa Sousa Nunes, 33, em Várzea Grande. Vitor é ex-funcionário e amigo do policial militar Raylton Duarte Mourão, autor dos disparos.
“Mantenho a prisão temporária do custodiado, por não se constatar a existência de fatos novos aptos a ensejar sua revogação, tampouco elementos que evidenciem a suficiência ou adequação da substituição por medidas cautelares diversas”, afirma trecho da decisão do magistrado.
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Em coletiva de imprensa, o delegado Bruno Abreu detalhou contradições no depoimento de Vitor. Inicialmente, ele afirmou que Raylton estava perturbado e ouvindo vozes no dia do crime, depois disse que havia sido chamado apenas para um “serviço de capinagem”. Segundo Vitor, no dia 11 de setembro, Raylton passou em sua casa por volta das 3h30 e combinou a “missão”, mas durante a ação percebeu que se tratava de um homicídio.
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O piloto confessou ainda ter recebido R$ 500 após o crime, valor que, segundo a investigação, teria sido usado para garantir seu silêncio.
Vitor foi preso pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) na BR-070, quando tentava fugir para Cáceres, nessa terça-feira (30), e segue à disposição da Justiça.
Rozeli, que atuava na área de educação física, foi atingida por disparos no rosto quando saía de casa para trabalhar, na manhã do dia 11 de setembro, e não resistiu. A polícia apreendeu diversos objetos na residência de Raylton durante buscas, incluindo munições e eletrônicos, e a esposa do militar, inicialmente presa, foi liberada após audiência de custódia.
A personal trainer movia uma ação na Justiça no valor de R$ 24.654,63 por reparação de danos materiais e morais devido a um acidente de trânsito ocorrido a Avenida Filinto Muller, sentido centro, em Várzea Grande, em março deste ano, onde seu carro foi danificado. Um dos veículos envolvidos era um caminhão pipa de uma empresa em nome do militar.