O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) afirmou nesta segunda-feira (29) que ainda não há data, formato ou local definidos para a conversa entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre as tarifas de 50% imposta a produtos brasileiros.
A declaração foi dada em entrevista à rádio CBN. Segundo Alckmin, o encontro — ainda em discussão entre os dois governos — será um passo importante para avançar nas negociações comerciais. “Não tem ainda informação sobre a data e o tipo do encontro, mas entendo que ele é um passo importante para a gente poder avançar”, afirmou.
Na última semana, Trump disse que teve um breve diálogo com Lula durante a Assembleia Geral da ONU, em Nova York, e que ambos concordaram em retomar a conversa nesta semana.
Ainda segundo Alckmin, Planalto e Itamaraty trabalham com diferentes alternativas e a expectativa é que o primeiro contato seja feito por telefone ou videoconferência, para depois avaliar um encontro presencial.
Entre as possibilidades para a reunião face a face estão a Casa Branca, a residência de Trump em Mar-a-Lago ou ainda um terceiro país, aproveitando viagens de ambos os líderes. Lula tem compromissos internacionais em outubro na Itália, Indonésia e Malásia — país onde também há expectativa de presença de Trump para a cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean).
Alckmin disse acreditar que o Brasil tem argumentos sólidos para reverter a taxação. “Acho que teremos novos passos e temos bons argumentos porque o Brasil não é problema para os EUA. Os EUA têm superávit na balança comercial com o Brasil. Estamos otimistas. Vamos aguardar os próximos dias para avançar mais”, declarou.