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EUA anunciam retirada de visto de Petro; Colômbia alega violação diplomática

O Departamento de Estado americano informou na última sexta-feira (26) que os EUA revogarão o visto do presidente colombiano Gustavo Petro em razão de o mandatário ter instado “os soldados americanos a desobedecer ordens e incitar a violência”.

“Mais cedo hoje, o presidente colombiano Gustavo Petro ficou em uma rua de Nova York e pediu aos soldados americanos que desobedecessem ordens e incitassem a violência. Revogaremos o visto de Petro devido às suas ações imprudentes e incendiárias”, escreveu o órgão no X.

Após discursar na ONU, o mandatário colombiano participou de um ato pró-Palestina em Nova York, junto de outros ativistas como o vocalista britânico Roger Waters, um dos fundadores da banda Pink Floyd.

Petro alega violação de normas da ONU

Após o anúncio americano, Petro afirmou que  revogação de seu visto viola o direito internacional e as regras de imunidade diplomática e, portanto, considera que a sede da ONU não pode permanecer em Nova York.

“O que o governo dos Estados Unidos está fazendo comigo quebra todas as regras de imunidade nas quais se baseia o funcionamento das Nações Unidas e de sua Assembleia Geral. Há imunidade total para os presidentes que participam da Assembleia e o governo dos EUA não pode condicionar a opinião dos EUA”, escreveu Petro no X.

De acordo com o presidente colombiano, “o fato de o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, não ter sido autorizado a entrar” nos EUA para discursar na 80ª sessão da Assembleia Geral da ONU, e o fato de ter seu visto revogado “por pedir aos EUA e ao Exército israelense que não apoiassem o genocídio mostra que o governo dos EUA não cumpre mais a lei internacional”.

“A sede da ONU não pode continuar em Nova York”, acrescentou o presidente em seu retorno à Colômbia, onde disse: “Cheguei a Bogotá e descobri que não tenho mais visto para os EUA”.

Além disso, Petro alegou que a revogação de seu visto americano não é importante porque ele não precisa do documento, pois também tem cidadania italiana e pode viajar com o Sistema Eletrônico para Autorização de Viagem (ESTA), que dispensa o visto.

“Não preciso de visto, mas de um ESTA, porque não sou apenas um cidadão colombiano, mas um cidadão europeu, e realmente me considero uma pessoa livre no mundo”, acrescentou o presidente.

A concessão do ESTA, entretanto, não é automática para cidadãos de países isentos da exigência de visto e também está sujeita à aprovação das autoridades dos EUA.

Após a retirada do visto americano, políticos e empresários colombianos pediram a Petro que administrasse com responsabilidade as relações com os Estados Unidos, o principal parceiro comercial do país andino e também seu maior aliado em termos de segurança e defesa.

Em meados da década de 1990, os EUA também revogaram o visto do então presidente colombiano Ernesto Samper, depois que ele foi acusado de receber dinheiro de traficantes de drogas para sua campanha eleitoral de 1994.

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