O secretário de Guerra dos Estados Unidos, Pete Hegseth, convocou uma reunião incomum de centenas de generais e almirantes espalhados pelo mundo para o início da semana que vem, mas o motivo da ordem ainda não é conhecido, informou o jornal The Washington Post nesta quinta-feira (25).
A diretriz, emitida no início da semana, teria semeado confusão entre os comandantes militares dos EUA, segundo a publicação, que citou declarações de mais de uma dúzia de pessoas familiarizadas com o anúncio.
“As pessoas estão muito preocupadas. Elas não têm ideia do que isso significa”, disse uma fonte.
O porta-voz do Pentágono, Sean Parnell, confirmou em comunicado que Hegseth se dirigirá à liderança militar no início da semana que vem, sem acrescentar mais detalhes.
A reunião será realizada em uma base da Marinha em Quantico, na Virginia, na próxima terça-feira (30), dias antes de o governo federal enfrentar uma possível paralisação parcial em 1º de outubro, caso os congressistas democratas e republicanos não cheguem a um acordo sobre um orçamento provisório.
Essa reunião também coincide com uma escalada de tensão entre Venezuela e EUA, que acusam Caracas de liderar uma operação de tráfico de drogas em seu território e já bombardearam quatro embarcações do narcotráfico em águas do Caribe, três das quais, de acordo com Washington, eram de origem venezuelana. O regime chavista nega as acusações.
A convocação altamente incomum e não anunciada de Hegseth se aplica a todos os oficiais de alto escalão no posto de general de brigada ou superior, ou o equivalente da Marinha, bem como a seus principais assessores, disseram as fontes ao Post.
Isso incluiria líderes posicionados em zonas de conflito e outras áreas de interesse, como o Oriente Médio, a Ásia-Pacífico e a Europa, mas não se refere a oficiais militares de alto escalão que ocupam cargos do Estado-Maior, especifica o relatório.
Atualmente, os EUA têm cerca de 800 generais e almirantes no país e em dezenas de outras nações.
Essa reunião ocorrerá após as recentes mudanças no Pentágono, que mudou seu nome oficial de Departamento de Defesa para Departamento de Guerra sob a gestão do presidente Donald Trump.
Hegseth também revelou planos para consolidar o alto escalão, incluindo um corte de 20% no número de oficiais e a demissão sem justa causa de vários líderes militares.