O ministro Luís Roberto Barroso encerrou nesta quinta-feira (25) seu mandato como presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) em uma sessão marcada por emoção e balanço político.
Em discurso de despedida, afirmou que a Corte cumpriu sua missão de proteger a democracia, mesmo em meio a ataques e pressões externas.
“Tenho muito orgulho de ter dividido com todos a aventura de defender a democracia brasileira”, disse Barroso, em referência aos dois anos em que comandou a instituição. O ministro reconheceu o “custo pessoal” para os integrantes do tribunal, que, segundo ele, não se furtaram de enfrentar as questões mais divisivas da sociedade.
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O magistrado citou como marco da redemocratização a ausência de episódios como desaparecimentos, torturas e cassações de magistrados, ressaltando também a preservação da liberdade de imprensa desde a Constituição de 1988.
A sessão foi acompanhada de homenagens dos colegas. O decano Gilmar Mendes destacou que o julgamento da trama golpista de 2022 simbolizou a resistência institucional do Supremo.
“A democracia brasileira passou incólume por mais essa prova de fogo”, disse. O ministro ainda exaltou o papel “quase heroico” de Alexandre de Moraes na condução do processo.
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Gilmar lembrou que a posse de Barroso, em 2023, representou a sobrevivência do tribunal após o ataque de 8 de Janeiro. “Naquele momento, ficou claro que o Supremo havia resistido e preservado sua autoridade”, afirmou.
Com o fim da gestão de Barroso, o STF inicia um novo ciclo de liderança do ministro Edson Fachin, em meio ao desafio de manter o equilíbrio institucional diante de um ambiente político ainda polarizado.