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O governo britânico anunciou nesta quinta-feira (18) compromissos de investimento recorde de 150 bilhões de libras em companhias americanas durante a visita de Estado de dois dias do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
O pacote, que representa o maior valor já alcançado em uma viagem presidencial ao país, prevê projetos em energia limpa, ciências da vida, manufatura avançada e inteligência artificial, conforme informado em um comunicado oficial.
Entre os principais compromissos, o fundo de capital de risco Blackstone, especializado em investimentos imobiliários e de infraestrutura, destinará 100 bilhões de libras na próxima década.
A gigante de logística Prologis investirá 3,9 bilhões de libras para ampliar o campus biomédico da cidade inglesa de Cambridge e modernizar o porto seco de Daventry, no centro da Inglaterra.
A empresa de software e análise de dados Palantir contribuirá com 1,5 bilhão de libras para reforçar o setor militar, e o grupo de engenharia Amentum dedicará 150 milhões de libras a projetos que, de acordo com a nota, gerarão mais de três mil empregos qualificados.
A fabricante aeronáutica americana Boeing converterá em Birmingham (centro da Inglaterra) dois aviões 737 para a Força Aérea americana, na primeira operação deste tipo em meio século em território britânico.
Downing Street ressaltou que a cooperação é recíproca, pois empresas britânicas como a farmacêutica GSK, a energética BP, a de tecnologia Sage e a fintech Revolut preparam, por sua vez, investimentos nos EUA de mais de 33 bilhões de libras.
O anúncio inclui o Acordo de Prosperidade Tecnológica, revelado na última terça-feira e que será assinado nesta quinta-feira, mobilizando mais de 31 bilhões de libras em inteligência artificial, computação quântica e energia nuclear de companhias como Microsoft e Google, entre outras gigantes da tecnologia.
O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, que hoje recebe Trump em sua residência de campo de Chequers (sudeste da Inglaterra), afirmou que “estes investimentos são um testemunho da força econômica do Reino Unido e um sinal de que o país está aberto, é ambicioso e está pronto para liderar”.
Após serem recebidos pelos reis Charles III e Camilla no Castelo de Windsor, na quarta-feira (17), nos arredores de Londres, Trump – a quem se juntará depois a primeira-dama, Melania – tratará nesta quinta com Starmer assuntos de interesse comum, com uma entrevista coletiva prevista após o encontro.
