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O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, está sendo muito criticado no país devido a uma declaração machista que proferiu em uma reunião do Conselho de Ministros, realizada na segunda-feira (15).
Durante o evento, que foi transmitido pela televisão, Petro afirmou: “Uma mulher livre faz o que quer com seu clitóris e seu cérebro. Se ela souber coordenar isso, será uma grande mulher”.
A declaração imediatamente gerou indignação nas redes sociais. A ex-vice-presidente Marta Lucía Ramírez, do partido de oposição Centro Democrático e que também foi ministra das Relações Exteriores, da Defesa e do Comércio Exterior, repudiou o comentário de Petro em uma publicação no X.
“Sua pobreza intelectual, política e humana é comparável à sua obsessão por questões sexuais, como se os seres humanos não tivessem outras qualidades como solidariedade, integridade, compaixão e respeito”, escreveu Ramírez.
A jornalista conservadora Vicky Dávila, pré-candidata independente à presidência, se manifestou sobre o assunto na mesma rede social.
“Petro, que forma asquerosa de se referir às mulheres! Um presidente colombiano deveria falar assim?”, afirmou.
A declaração está gerando críticas até na esquerda. María Cristina Hurtado, professora da Universidade Nacional da Colômbia e defensora dos direitos humanos, disse que votou em Petro em 2022, mas condenou a fala do presidente.
“Sou uma feminista social-democrata de esquerda. Votei neste governo. Lutei pelos direitos humanos de mulheres e crianças durante grande parte da minha vida. Agora nos chamam de ‘feministas de direita’ por exigirmos respeito por nossas conquistas. Sou desrespeitada por quem votei”, escreveu Hurtado no X, num post em que compartilhou um vídeo com a declaração de Petro.
