O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, afirmou neste sábado (13) que houve planejamento de um golpe de Estado no Brasil, mas afirmou que a articulação não chegou a configurar crime. Ao comentar a condenação de Jair Bolsonaro e de outros sete réus no Supremo Tribunal Federal (STF), o dirigente considerou a decisão “exagerada”, embora tenha dito que deve ser respeitada.
“Houve um planejamento de golpe, mas nunca teve o golpe efetivamente. No Brasil a lei diz o seguinte: se você planejar um assassinato, mas não fez nada, não tentou, não é crime. O golpe não foi crime. O grande problema nosso é que teve aquela bagunça no 8 de Janeiro e o Supremo diz que aquilo foi golpe”, declarou Valdemar, durante um evento do setor equino em Itu (SP).
Ele ainda minimizou os ataques às sedes dos Três Poderes: “Camarada com pedaço de pau, um bando de pé de chinelo quebrando lá na frente e eles falam que aquilo é golpe”.
Apesar de afirmar que respeita a decisão da Corte, Valdemar classificou como desproporcional a condenação do ex-presidente a 27 anos e três meses de prisão. O julgamento, concluído na última quinta-feira (11), considerou Bolsonaro culpado por liderar a tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
As declarações do presidente do PL repercutiram imediatamente e passaram a ser exploradas por adversários de Bolsonaro como uma espécie de confissão sobre a existência de uma trama golpista. Para críticos, ao admitir que houve planejamento, Valdemar fragiliza a narrativa da defesa, que nega a conspiração.