O secretário-geral da Otan, Mark Rutte, anunciou nesta sexta-feira (12) uma nova iniciativa militar batizada de Sentinela Oriental, que visa reforçar a defesa do flanco oriental da aliança militar atlântica, após a invasão do espaço aéreo da Polônia por drones da Rússia na última quarta-feira (10).
“A Otan está lançando a Sentinela Oriental para fortalecer ainda mais nossa postura militar ao longo de nosso flanco oriental”, declarou Rutte em entrevista coletiva na sede do órgão, em Bruxelas.
Rutte explicou que a nova atividade militar terá início nos próximos dias e envolverá uma série de recursos de países aliados como Dinamarca, França, Reino Unido, Alemanha e outros.
“Além das capacidades militares mais tradicionais, o esforço também incluirá elementos concebidos para enfrentar os desafios específicos associados à utilização de drones”, explicou.
Ele argumentou que a Sentinela Oriental acrescentará flexibilidade e força à postura militar da Otan e deixará claro que esta, como aliança defensiva, estará “sempre preparada para defender”.
O comandante supremo aliado da Otan na Europa, general Alexus G. Grynkewich, também presente na coletiva, afirmou que a Sentinela Oriental será “flexível e ágil” e proporcionará uma capacidade de dissuasão e defesa “ainda mais focada, exatamente quando e onde for necessário”.
“Incluirá capacidades adicionais melhoradas. Integrará defesas aéreas e terrestres e aumentará o intercâmbio de informações entre as nações. Acima de tudo, fortalecerá ainda mais a nossa postura para proteger a aliança”, afirmou.
Na noite de terça para quarta-feira, vários drones da Rússia foram detectados no espaço aéreo da Polônia e, pouco depois, abatidos por caças poloneses e de outros membros da Otan destacados no flanco leste, no incidente mais grave entre a Rússia e um membro da aliança atlântica em mais de três anos de guerra na Ucrânia.