GUSTAVO CASTRO
DO REPÓRTERMT
Quase 10 anos após o assassinato de Adriele da Silva Muniz, de 25 anos, em Cuiabá, o policial militar Edivaldo Júnior Rodrigues Marques de Souza, de 36 anos, da Rotam, foi preso na quarta-feira (10), em sua residência no bairro Figueirinha, em Várzea Grande. Ele cumprirá a pena de 18 anos de prisão em regime inicialmente fechado, conforme sentença transitada em julgado.
Edivaldo foi condenado pelo homicídio de Adriele, ocorrido em 2016, em julgamento realizado no dia 6 de junho de 2023. Desde então, respondia ao processo em liberdade. A ordem de prisão foi expedida após o trânsito em julgado da decisão, em 5 de agosto. Em audiência de custódia, a juíza Mônica Catarina Perri Siqueira, da 1ª Vara Criminal de Cuiabá, determinou também a perda do cargo do policial.
>>> Clique aqui e receba notícias de MT na palma da sua mão
Relembre
Segundo o inquérito da Polícia Civil, o crime aconteceu quando Adriele voltava de uma festa de aniversário no bairro Duque de Caxias, em um Fiat Palio, acompanhada de namorado e amigos. Ao trafegarem pela avenida Isaac Póvoas, o carro teria batido no retrovisor de um Honda Fit conduzido por Edivaldo. Após breve discussão, ambos os veículos seguiram viagem.
O policial perseguiu o Palio e efetuou disparos contra o veículo, atingindo Adriele nas costas. Ela foi socorrida, mas não resistiu aos ferimentos.
A investigação da Polícia Civil durou quatro anos. O inquérito, concluído em 2021, incluiu cruzamento de informações, análise de inúmeras câmeras de segurança, depoimentos e laudos periciais. Em um primeiro depoimento à DHPP, Edivaldo negou qualquer envolvimento. Dias depois, ele confessou ter disparado contra o veículo, alegando legítima defesa diante de uma suposta tentativa de assalto.
No entanto, as provas obtidas durante o processo demonstraram que em nenhum momento as vítimas representaram risco de vida ao policial ou à ocupante do Honda Fit, e que os ocupantes do Palio não desceram do veículo durante o trajeto.
O policial militar será encaminhado à Cadeia Pública de Chapada dos Guimarães para iniciar o cumprimento da pena.