Advogados do ex-presidente Jair Bolsonaro disseram a jornalistas, na saída do julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira (9), que viram um ponto positivo no dia de hoje no voto do ministro Flávio Dino, que compõe a Primeira Turma do STF.
Para os advogados Celso Vilardi e Paulo Amador Cunha Bueno, Dino abriu uma divergência em relação ao voto do ministro relator Alexandre de Moraes. Ambos votaram pela condenação de Bolsonaro e de outros réus do Núcleo 1. O caso em julgamento é a tentativa de golpe de Estado ocorrida entre o final de 2022 e janeiro de 2023, após a derrota de Bolsonaro nas urnas para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
No voto, o ministro Flávio Dino argumentou que existem níveis de culpabilidade diferentes no processo. Por isso, ele defendeu que a dosimetria das penas também deve ser diferente.
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No entanto, Dino, quando fez esta declaração, se referia aos réus Paulo Sérgio, Augusto Heleno e Alexandre Ramagem que, segundo ele, tiveram uma participação de menor importância e não ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
Em relação ao ex-presidente, Dino acompanhou o voto de Moraes que considera Bolsonaro líder da organização criminosa que planejou o golpe de estado.