O premiê do Japão, Shigeru Ishiba, anunciou sua renúncia do cargo de líder do Partido Liberal Democrata (PLD), desencadeando uma mudança iminente na chefia do governo japonês. A decisão de Ishiba, que também implica na sua saída como primeiro-ministro do Japão, ocorre após resultados eleitorais decepcionantes e crescente pressão interna no PLD.
A renúncia de Shigeru Ishiba é vista como uma forma de assumir a responsabilidade pela perda da maioria governista nas eleições parciais de 20 de julho para a Câmara Alta. A derrota eleitoral desencadeou uma revolta interna no PLD, que planejava uma votação para destituí-lo da liderança.
O líder japonês vinha enfrentando críticas desde as eleições gerais de outubro, quando a coalizão governista perdeu a maioria na Câmara Baixa, resultando em um governo minoritário. Sua renúncia antecipa a reunião crucial do partido, agendada para amanhã, que decidiria sobre a antecipação das primárias.
Legado de Ishiba
Durante sua breve gestão, Ishiba destacou conquistas como o acordo comercial com os Estados Unidos, que reduziu em 15% as taxas sobre veículos japoneses, um aumento histórico do salário mínimo e a aprovação de um orçamento para combater a inflação.
No entanto, Ishiba também expressou preocupação com a proximidade entre Coreia do Norte, Rússia e China, e a necessidade de o Japão adquirir capacidades de dissuasão. Ele pediu que seu sucessor fortaleça a aliança com os EUA e os laços com outras nações.
Quem Substituirá Ishiba?
Com a renúncia de Ishiba, o PLD agora precisa realizar eleições internas para escolher seu novo líder, que automaticamente se tornará o novo primeiro-ministro do Japão. Os nomes mais cotados para o cargo, segundo pesquisas públicas, são:
- Sanae Takaichi, ex-ministra da Segurança Econômica.
- Shinjiro Koizumi, atual ministro da Agricultura.
Ishiba já confirmou que não concorrerá à nova eleição interna. A escolha do próximo líder será crucial para o futuro político do Japão, que enfrenta desafios econômicos e de segurança.