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Trump critica multa aplicada por UE ao Google e diz que não permitirá sanções à empresa

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, classificou nesta sexta-feira (5) como “muito injusta” a multa de 2,95 bilhões de euros (R$ 18,73 bilhões) que a Comissão Europeia aplicou ao Google por acusações de abusos no mercado de publicidade online e advertiu que seu governo não permitirá sanções contra a empresa americana.

“Isso se soma às muitas outras multas e impostos que foram impostos contra o Google e outras empresas de tecnologia americanas, em particular. Muito injusto, e o contribuinte americano não vai tolerar isso! Como eu disse antes, meu governo NÃO permitirá que essas ações discriminatórias continuem!”, escreveu Trump na rede social Truth Social, após saber da notícia.

Em comunicado divulgado na quinta-feira (4), a Comissão Europeia disse que a penalidade ao Google foi imposta por “violar as regras antitruste da UE ao distorcer a concorrência no setor de tecnologia de publicidade (adtech)”, ao “favorecer os seus próprios serviços de tecnologia de publicidade online em detrimento de fornecedores concorrentes de serviços de tecnologia de publicidade, anunciantes e editores online”.

Segundo o site Politico, a chefe global de Assuntos Regulatórios do Google, Lee-Anne Mulholland, afirmou que a empresa recorrerá da decisão da Comissão Europeia.

“Ela impõe uma multa injustificada e exige mudanças que prejudicarão milhares de empresas europeias, dificultando sua lucratividade”, disse Mulholland.

O presidente americano denunciou que as sanções tiram dinheiro da empresa que “de outra forma iria para investimentos e empregos nos EUA”, e classificou a decisão de Bruxelas como um novo “golpe” contra “uma grande empresa americana”.

Além da sanção econômica, a Comissão Europeia deu ao Google um prazo de 60 dias para pôr fim a essas práticas.

A multa é a segunda mais alta já imposta pelo governo do bloco europeu por causa de abusos de monopólio, atrás da sanção de mais de 4 bilhões de euros (R$ 25,4 bilhões) também ao Google por violar as regras de concorrência através do sistema operacional Android.

Em 2017, a empresa já havia sido condenada pela Comissão a pagar 2,42 bilhões de euros (R$ 15,37 bilhões) por favorecer seu próprio serviço de comparação de preços em detrimento da concorrência.

O presidente americano lembrou também de uma multa de US$ 17 bilhões à Apple que, em sua opinião, também “não deveria ter sido cobrada”.

“Não podemos permitir que isso aconteça com a brilhante e inédita inovação americana. Se isso continuar, serei obrigado a iniciar um processo nos termos da Seção 301 para anular as sanções injustas que estão sendo cobradas dessas empresas americanas que pagam impostos”, afirmou.

Esta disposição da Lei do Comércio de 1974 permite ao governo dos EUA tomar represálias comerciais, incluindo tarifas ou restrições, contra países que, em sua opinião, realizam políticas comerciais injustas ou discriminatórias em detrimento das empresas americanas.

Minutos depois, Trump publicou outra mensagem exigindo que a Europa pare com a prática.

“O Google também pagou, no passado, US$ 13 bilhões em reclamações e cobranças falsas, totalizando US$ 16,5 bilhões. Quão absurdo é isso? A União Europeia deve parar com essa prática contra as empresas americanas, IMEDIATAMENTE!”, criticou.

Esta não é a primeira vez que Trump critica a Europa por sancionar empresas de tecnologia americanas que não cumprem seus parâmetros.

Ele já afirmou antes que essas multas e regulamentações europeias visam prejudicar o crescimento das empresas de tecnologia americanas e chegou a sugerir que elas querem favorecer a indústria chinesa.

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