quarta-feira , 27 agosto 2025
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Israel pede anulação de relatório sobre fome em Gaza por considerar que dados foram forjados

O Ministério das Relações Exteriores de Israel pediu nesta quarta-feira (27) à Classificação Integrada da Segurança Alimentar em Fases (ICP) que anule o relatório usado pelas Nações Unidas para declarar fome na Cidade de Gaza e zonas vizinhas, por considerar que os dados foram forjados.

Em carta dirigida à ICP, iniciativa global usada como referência em todo o mundo para determinar a magnitude e a gravidade da insegurança alimentar e da desnutrição, Israel alega que o padrão para declarar a fome na Faixa de Gaza foi rebaixado e que outras informações foram ignoradas.

“O relatório está errado, não é profissional e ignora gravemente os padrões esperados de um organismo internacional”, diz a carta divulgada pelo Ministério israelense para a imprensa.

Israel não apenas nega a existência de fome, mas alega que muitos dos que mostram sinais de inanição sofriam de doenças prévias e não deveriam ser usados na amostragem.

O relatório divulgado na última sexta-feira indica que um total de 1,6 milhão de habitantes da Faixa de Gaza sofrem de fome, entre eles um terço (mais de meio milhão) de forma crítica, sofrendo de privação extrema de alimentos, enquanto o resto da população se encontra em situação de “crise alimentar”.

Para se considerar fome, é necessário que haja falta de alimentos em pelo menos um em cada cinco lares, o que resulta em níveis criticamente elevados de desnutrição aguda (pelo menos 30%) e mortalidade.

EUA dizem que é falso que Israel aplique política de fome na Faixa de Gaza

Também nesta quarta, os EUA classificaram como falsa a existência de uma política de criar fome na Faixa de Gaza por parte do governo de Israel, de acordo com a representante americana interina nas Nações Unidas, Dorothy Shea, durante sessão do Conselho de Segurança dedicada à questão palestina.

A representante americana disse — sem se expressar diretamente à declaração oficial da ONU — que desde o início da guerra na Faixa de Gaza, há 22 meses, “Israel permitiu a entrada de uma quantidade sem precedentes de mais de dois milhões de toneladas” de alimentos e afirmou que os EUA “trabalham em estreita colaboração com o governo de Israel para aumentar o volume de ajuda sem beneficiar o Hamas”.

A diplomata também argumentou que a ajuda humanitária transportada pela ONU cai com muita frequência nas mãos de saqueadores enviados pelo Hamas.

Shea reconheceu que “há um problema real de fome em Gaza”, mas que os critérios usados pela ONU para declarar a fome “não passam no teste”, e reiterou que a solução passa por apoiar a Fundação Humanitária para Gaza (GHF), entidade apoiada por Israel que distribui alimentos no enclave.

A embaixadora também criticou os países que anunciaram a intenção de reconhecer o Estado palestino em setembro, entre eles aliados tradicionais dos EUA como Reino Unido, Canadá e Austrália, e disse a eles – sem nomeá-los – que isso equivale a “uma recompensa ao Hamas pelo massacre (de 7 de outubro de 2023)”.

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