segunda-feira , 25 agosto 2025
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CPMI do INSS pode aprovar convocação de irmão de Lula nesta terça (26)

A CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do INSS realiza na próxima terça-feira (26) sua primeira reunião de trabalho. O encontro deve marcar a votação dos primeiros requerimentos de convocação e pedidos de informação apresentados pelos parlamentares.

Entre os mais de 800 requerimentos já protocolados, pelo menos oito têm como alvo José Ferreira da Silva, conhecido como Frei Chico, irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e dirigente do Sindnapi (Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos). A entidade está no centro das investigações sobre descontos irregulares em benefícios previdenciários.

Seis desses pedidos solicitam a convocação de Frei Chico para depor, medida que obriga sua presença na CPMI. Um deles é de autoria do relator do colegiado, deputado Alfredo Gaspar (União-AL).

A CPMI foi instalada para apurar um esquema bilionário de descontos ilegais em aposentadorias e pensões. Segundo estimativas da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União, o montante das cobranças indevidas teria alcançado R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024.

Lupi, Lewandowski e mais alvos

Além do irmão de Lula, a oposição também protocolou requerimentos mirando nomes do governo e ex-integrantes da equipe. O ex-ministro da Previdência Carlos Lupi, que deixou o cargo após a revelação das fraudes, foi alvo de 15 pedidos — sendo 11 convocações e quatro quebras de sigilo. Um desses requerimentos já está na pauta da reunião de terça.

Os parlamentares também querem ouvir os ministros Wolney Queiroz (Previdência), Ricardo Lewandowski (Justiça), Jorge Messias (Advocacia-Geral da União) e Vinícius Marques de Carvalho (Controladoria-Geral da União). Outro nome que ganhou destaque entre os pedidos é Antônio Carlos Camilo Antunes, o “Careca do INSS”, citado em ao menos 12 solicitações de convocação.

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Na primeira reunião, o presidente do colegiado, senador Carlos Viana (Podemos-MG), pautou 35 requerimentos, 18 deles de convocação. A lista inclui ex-ministros da Previdência, ex-presidentes do INSS, além de representantes da Polícia Federal, CGU, TCU e Defensoria Pública da União.

Planalto reage após revés

O avanço da oposição ocorre em meio à tentativa do governo de reorganizar sua estratégia dentro da comissão. Após perder a presidência e a relatoria, o Planalto montou uma “tropa de choque” para tentar conter desgastes.

Segundo líderes governistas ouvidos pelo jornal O Globo, a prioridade é evitar a exposição de Frei Chico, cuja convocação é tratada como alvo político da oposição. A linha de defesa do governo será reforçar que o esquema de fraudes começou em gestões anteriores e ganhou força no governo Jair Bolsonaro. O PT também protocolou requerimentos para ouvir ex-ministros da Previdência e o próprio ex-presidente.

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Coordenando a frente governista, o deputado Paulo Pimenta (PT-RS) tem defendido que a investigação siga uma ordem cronológica, de modo a destacar medidas adotadas pela atual gestão, como a interrupção dos descontos irregulares e o ressarcimento de R$ 1 bilhão a 1,6 milhão de beneficiários.

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