A Polícia Federal indiciou nesta quarta-feira (20) o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) por tentativa de obstrução de Justiça no processo sobre a suposta tentativa de golpe de Estado. Já o pastor Silas Malafaia foi alvo de busca e apreensão ao desembarcar no Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio de Janeiro.
O indiciamento ocorre no âmbito da investigação sobre a atuação do deputado nos Estados Unidos contra autoridades brasileiras. A autoridade policial atribuiu a Bolsonaro e Eduardo os crimes de coação no curso do processo, obstrução de investigação de infração penal que envolva organização criminosa (processo do golpe) e abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
Porém, por uma análise mais cuidadosa, o conteúdo do material recolhido revela que, por um lado, o ex-presidente resistiu a tomar qualquer atitude concreta em relação à pauta da anistia e, além disso, um ministro do STF estaria o apoiando, isolando ainda mais Alexandre de Moraes.
Este será o ponto de partida do programa Última Análise desta quinta-feira (21). Participam hoje do programa o jurista André Marsiglia, o vereador Guilherme Kilter e o escritor Francisco Escorsim.
Tensões, ofensas e “conversa fiada”
O relatório final da Polícia Federal revelou trocas de mensagens no aplicativo WhatsApp entre o ex-presidente e seu filho Eduardo. As conversas expõem tensões e até ofensas diretas por parte de Eduardo contra o pai. Além disso, o pastor Silas Malafaia expressou descontentamento com a forma utilizada por Eduardo na divulgação das tarifas impostas pelo governo dos Estados Unidos ao Brasil.