terça-feira , 26 agosto 2025
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José Dirceu acusa mercado financeiro de apoiar sanções de Trump para prejudicar Lula

O ex-ministro José Dirceu, histórico dirigente do PT e líder influente da esquerda brasileira, acusou setores do mercado financeiro brasileiro de se alinharem ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em prejuízo da soberania nacional, e em oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Em artigo publicado nesta terça-feira (30) no site da CNN Brasil, Dirceu afirmou que a elite econômica “ligada à Faria Lima”, centro financeiro de São Paulo, teria se rendido à “retórica trumpista” e passado a endossar de forma acrítica medidas unilaterais de pressão econômica contra o Brasil, como eventuais sanções e barreiras comerciais.

Segundo o ex-ministro, a posição adotada por investidores, analistas e empresários representa uma “submissão servil ao império” e ecoa posturas semelhantes às de momentos históricos marcados por capitulações políticas e diplomáticas, como os acordos de Munique de 1938.

Para ele, há um esforço deliberado desses grupos para responsabilizar Lula pelo agravamento das tensões diplomáticas com Washington, ignorando a postura hostil do governo Trump e as articulações da oposição brasileira nos EUA.

Dirceu cita nominalmente a XP Investimentos como exemplo de instituição que estaria disseminando a ideia de que Lula é um fator de instabilidade, em vez de reconhecer o que considera serem provocações externas.

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O texto também atribui ao mercado a tentativa de deslegitimar a política externa do governo, marcada, segundo Dirceu, pelo respeito à autodeterminação dos povos, à multipolaridade e à não subordinação aos interesses de potências estrangeiras.

O ex-ministro defende que Lula, mesmo diante da ofensiva americana e das pressões internas, mantém postura diplomática coerente com a Constituição, ao buscar diálogo com diferentes blocos internacionais e preservar os canais institucionais.  

No artigo, Dirceu classifica a adesão do mercado à ofensiva ideológica de Trump como episódio de desonra e compara o comportamento da elite financeira brasileira ao da Europa submissa aos interesses norte-americanos em acordos comerciais. Ao final, ele reafirma a confiança no presidente Lula e acusa seus adversários de conspirarem contra a soberania nacional por conveniência política e financeira.

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