O presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou esta quarta-feira (30) como um “dia da soberania” para o Brasil após o decreto do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, elevando as tarifas sobre produtos brasileiros para 50%, e a imposição de sanções ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, com base na Lei Magnitsky.
“Vou me reunir ali para defender outra soberania. A soberania do povo brasileiro em função das medidas anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos”, disse Lula, segundo o jornal O Globo.
Durante a cerimônia de sanção de uma lei que proíbe testes cosméticos em animais, Lula anunciou que convocaria ainda nesta quarta uma reunião no Palácio do Planalto para discutir as medidas americanas e reforçar a defesa dos interesses nacionais.
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A reunião deve contar com a presença de ministros-chave da Esplanada, como os das Relações Exteriores, Justiça e Advocacia-Geral da União.
A ordem executiva assinada pelo presidente dos EUA, Donald Trump, adiou em uma semana a entrada em vigor das tarifas adicionais, que inicialmente estavam previstas para o dia 1º de agosto. O decreto, no entanto, prevê quase 700 exceções, preservando setores importantes da economia brasileira, como a indústria aeronáutica, produtos agrícolas e minerais.
Além do aumento tarifário, o governo americano aplicou a Lei Magnitsky contra o ministro Alexandre de Moraes, uma medida que permite sanções administrativas sem necessidade de processo judicial, incluindo bloqueio de bens e restrições de entrada nos Estados Unidos. Essa ação intensificou a tensão diplomática entre os dois países.