segunda-feira , 13 outubro 2025
💵 DÓLAR: Carregando... | 💶 EURO: Carregando... | 💷 LIBRA: Carregando...

Modelo brasileiro de censura avança na América Latina, alerta ex-secretário dos EUA

O modelo de regulação das redes sociais adotado pelo governo brasileiro está se expandindo pela América Latina e pode comprometer a liberdade de expressão na região e aumentar a censura. O alerta foi feito por Michael Benz, ex-integrante do Departamento de Estado dos Estados Unidos, que vê com preocupação o crescimento do que chamou de “controle total do governo sobre o discurso”.

“O modelo brasileiro de censura nas redes sociais, com controle total do governo sobre o discurso, está se espalhando pela América Latina”, escreveu Benz em sua conta oficial na plataforma X. “E continuará a se espalhar, a menos que a Casa Branca imponha contrapesos econômicos e de segurança aos governos que tentarem isso”, completou.

A declaração foi publicada logo após a cúpula “Democracia para Sempre”, realizada em Santiago, no Chile, com a presença de chefes de Estado da região. O encontro reuniu os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (Brasil), Gabriel Boric (Chile), Gustavo Petro (Colômbia), Luis Lacalle Pou (Uruguai), Pedro Sánchez (Espanha), além de ONGs e centros acadêmicos. O tema central do evento foi o “combate à desinformação” e a necessidade de regulamentar o ambiente digital, argumentos que têm servido para justificar casos de censura no Brasil.

Censura como arma

Durante o evento, o presidente Lula declarou que os riscos à democracia não vêm mais de tanques ou quartéis, mas das redes sociais. “Os inimigos da democracia não recorrem mais à diplomacia dos tanques e dos canhões”, afirmou. “Eles controlam algoritmos, semeiam ódio e espalham o medo.” Segundo o presidente brasileiro, é preciso que crimes cometidos no mundo real tenham correspondência legal no meio digital. “As redes digitais não são uma terra sem lei onde se pode atacar a democracia impunemente”, disse. Para ele, a regulamentação das plataformas é essencial para assegurar o “debate público livre e plural”.

Ao final do encontro, os líderes presentes na cúpula assinaram um documento defendendo maior regulação das redes sociais, sob o argumento de proteger as instituições democráticas e combater os discursos de ódio, abrindo caminho para a censura e o controle estatal sobre a circulação de conteúdos na internet.

VEJA TAMBÉM:

fonte

Verifique também

Mesmo com queda no ranking, Brasil assume presidência de ação global por mais transparência

Apesar da queda em transparência registrada no início deste ano apontada pelo Transparência Internacional, o …

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *