quarta-feira , 27 agosto 2025
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Horas antes da operação da PF, Bolsonaro se emocionou no Senado e pediu orações

Na véspera de ser alvo de uma nova operação da Polícia Federal, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) participou de uma sessão especial no Senado e fez um discurso marcado por emoção, apelos religiosos e críticas veladas ao Judiciário. A fala ocorreu na quinta-feira (17), durante homenagem póstuma ao pastor Gedelti Victalino Gueiros, fundador da Igreja Cristã Maranata.

Visivelmente abalado, Bolsonaro pediu orações e afirmou que o Brasil está perto de se tornar a “terra prometida do Ocidente”, mas que “alguns poucos atrapalham” esse caminho. “Acredito em Deus. Peço orações a vocês. Por muitas vezes, o óbvio está na sua frente”, disse o ex-presidente, com os olhos marejados.

Em tom enigmático, completou: “As pessoas poderosas dessa nação, algumas desta Casa, quando se conscientizarem do óbvio… que um dia ele vai embora, ele muda. O que falta para sermos a terra prometida do Ocidente? Falta quase nada, mas alguns poucos atrapalham.”

Operação mira ação contra o país

Menos de 24 horas depois, Bolsonaro foi alvo de mandados de busca e apreensão em sua casa, em Brasília, e na sede do PL, por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A operação foi solicitada pela PF, com parecer favorável da Procuradoria-Geral da República (PGR), e mirou suspeitas de que o ex-presidente teria financiado ações destinadas a atacar a soberania nacional e a independência dos Poderes.

A investigação se concentra no repasse de R$ 2 milhões, admitido por Bolsonaro, para iniciativas lideradas por seu filho, o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), nos Estados Unidos. Segundo investigadores, essas ações culminaram no tarifaço anunciado por Donald Trump contra o Brasil, com impacto direto nas exportações nacionais.

Risco de fuga

Diante do risco de fuga, a PF impôs ao ex-presidente uma série de medidas cautelares: uso de tornozeleira eletrônica, recolhimento domiciliar noturno (entre 19h e 7h) e aos fins de semana, além da proibição de visitas a embaixadas e de contato com embaixadores. De acordo com um dos investigadores, Bolsonaro “já deu sinais de que pode buscar abrigo em alguma embaixada para escapar do país”.

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As medidas integram uma nova frente da investigação sobre a tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. Bolsonaro já é réu no STF por esse caso e teve a condenação pedida pela PGR na segunda-feira (14) por cinco crimes, incluindo tentativa de golpe e abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

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