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O vice-presidente do Brasil e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, declarou neste domingo (13) que o Brasil recorrerá à Organização Mundial do Comércio (OMC) como uma das respostas ao tarifaço do presidente americano Donald Trump.
“O Congresso Nacional aprovou a Lei da Reciprocidade, que determina: se houver tarifa lá, haverá tarifa aqui. A regulamentação, que é por decreto, sai amanhã ou até terça-feira”, informou.
“O governo vai trabalhar porque entendemos que essa medida é inadequada, não se justifica e vamos recorrer à OMC (Organização Mundial do Comércio)”, acrescentou o vice-presidente, em São Paulo.
Segundo Alckmin, o governo buscará um diálogo com o setor privado nos próximos dias para entender o real impacto da medida para o Brasil. “A ideia é conversar muito com o setor privado, seja da agricultura, setor de laranja, café, setores agrícolas importantes, carne, industrial, aço”.
Mais cedo, neste domingo, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, já havia afirmado a jornalistas que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) avalia uma série de medidas, que vão além de taxas, caso Trump não volte atrás em sua política de impostos sobre importações brasileiras.
“Não serão apenas taxas, outras medidas serão adotadas. Nós já começamos a discutir e até o final do mês nós vamos deixar tudo pronto para, caso essa medida seja confirmada, possamos agir. O Brasil não ficará de cabeça baixa, não ficará refém”, afirmou Costa se referindo à tarifa de 50% programada pelos Estados Unidos para entrar em vigor no dia 1º de agosto.
