O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) agradeceu nesta quarta-feira (9) o apoio do congressista norte-americano Cory Mills, aliado do Partido Republicano, por manifestações em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro e críticas ao ministro Alexandre de Moraes, do STF.
Segundo Eduardo, os “brasileiros são gratos” ao parlamentar da Flórida por abraçar o que chamou de “causa da liberdade”.
A mensagem foi uma resposta à publicação de Mills na rede X (antigo Twitter), na qual ele compartilhou a recente declaração do presidente dos EUA, Donald Trump, pedindo que “deixem Bolsonaro em paz”.
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Em tom de solidariedade, Mills afirmou que Trump “não é estranho a perseguições políticas” e celebrou o posicionamento do norte-americano em favor do ex-presidente brasileiro.
Clima diplomático
O apoio de Trump foi publicado na última segunda-feira (7) na rede Truth Social. O presidente dos Estados Unidos classificou o processo judicial contra Bolsonaro como uma “caça às bruxas” e disse estar acompanhando o caso “muito de perto”.
Bolsonaro é réu no Supremo Tribunal Federal por tentativa de golpe de Estado e está inelegível até 2030 por decisão do Tribunal Superior Eleitoral.
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A manifestação do norte-americano surge em meio à escalada de tensão diplomática entre os dois países, com republicanos pressionando a Casa Branca a reagir contra decisões do Judiciário brasileiro.
Lei Magnitsky contra Moraes
Eduardo Bolsonaro aproveitou o momento para relembrar episódio de maio em que Cory Mills questionou publicamente se o governo dos EUA cogitava aplicar sanções ao ministro Alexandre de Moraes com base na Lei Magnitsky — legislação que permite punir estrangeiros envolvidos em graves violações de direitos humanos.
A resposta, dada na ocasião pelo senador Marco Rubio, indicou que havia uma “grande possibilidade” de adoção da medida.
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Segundo Eduardo, a repercussão internacional da fala “desencadeou diversas ações para expor Moraes no exterior”.
Se aplicada, a Lei Magnitsky poderia levar ao bloqueio de ativos financeiros e à restrição de transações internacionais por parte de autoridades brasileiras, inclusive em bancos com atuação nos EUA. Uma sanção do tipo afetaria diretamente a atuação de Moraes no exterior, ampliando o impacto político da crise institucional.