quarta-feira , 9 julho 2025
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Partido Comunista chinês chega a 100 milhões de membros e fortalece a ditadura de Xi

O regime de Xi Jinping anunciou na última semana que o Partido Comunista da China (PCCh) chegou à marca de 100 milhões de membros, conforme apontado em um relatório oficial com dados acumulados até dezembro de 2024.

Ao contrário do que parece significar a filiação partidária, os chineses não estão atrás da candidatura por motivos ideológicos, mas para garantir alguma estabilidade no setor público, enquanto a economia do gigante asiático navega por águas turbulentas nos últimos anos.

Os motivos pessoais e econômicos que levam à decisão de ingresso na vida pública – com possibilidade de ganhos políticos – é uma fonte de influência para a ditadura de Xi que busca se manter – ou parecer – forte em meio à reviravolta geopolítica com o retorno de Donald Trump e sua agenda externa na presidência dos Estados Unidos. Os dados oficiais divulgados pelo partido contabilizaram cerca de 21,4 milhões candidatos ao PCCh até o final de dezembro.

Segundo aponta uma reportagem do The Wall Street Journal (WSJ), o partido governista da China promoveu expurgos recentes de autoridades devido ao aumento dos casos de corrupção ou falta de integridade em eventos públicos. Nos últimos anos, o regime de Xi Jinping fez “desaparecer” diversas lideranças de cargos importantes.

A ascensão a cargos que geram uma estabilidade não é exclusividade de filiados do Partido Comunista. No entanto, membros do PCCh são os que têm mais chances de assumir posições no alto escalão de empresas e departamentos públicos, além de manterem conexões sociais mais fortes com as autoridades.

Um estudo dos pesquisadores europeus Matteo Targa e Li Yang, citado pelo WSJ, aponta que as famílias de chineses que se filiam ao partido do ditador Xi têm desfrutado de uma série de privilégios, como o acesso preferencial a moradias nas fases iniciais da privatização imobiliária urbana e acumulação mais rápida de riqueza por meio de ganhos de capital.

Na China, membros do Partido Comunista assumem papéis de destaque em diferentes áreas da sociedade, incluindo empresas que são obrigadas a manter vínculos com o regime. Esses locais vão desde agências governamentais de Pequim em nível distrital, na gerência e supervisão de empresas estatais ou em sindicatos ligados ao regime, até departamentos que fiscalizam a prática religiosa.

Apesar dos benefícios ligados à filiação partidária ao PCCh, quem mais ganha com a entrada de novos membros é o ditador Xi, que controla fortemente as diretrizes do partido e pode, por meio dele, moldar comportamentos da sociedade, trocando dinheiro e estabilidade por poder e influência.

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