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Mais de 161 pessoas estão desaparecidas e pelo menos 109 já tiveram a morte confirmada após as inundações devastadoras no Texas no último fim de semana, segundo atualizações do governo estadual nesta terça-feira (8).
Um dos casos que gerou forte comoção nos últimos dias é o do acampamento cristão para meninas, Camp Mystic, localizado às margens do rio Guadalupe. Até o momento, 21 vítimas menores de idade foram confirmadas como mortas e seis pessoas seguem desaparecidas.
As fortes chuvas provocaram a cheia repentina do rio Guadalupe, arrastando cabanas e deixando dezenas de pessoas presas ou desaparecidas, entre elas campistas que frequentavam o local anualmente.
O acampamento Mystic, devastado por uma enchente catastrófica na sexta-feira passada, iniciou suas atividades em meados da década de 1930 e foi administrado por gerações da mesma família, segundo informa seu site.
Os atuais proprietários são Dick e Tweety Eastland, que assumiram o acampamento em 1974. Antes da data, eles já atuavam no local em outras atividades ao lado da família.
O acampamento Mystic recebia meninas em diferentes períodos do ano e oferecia uma variedade de atividades para os campistas que iam desde esportes até aulas de culinária.
Em 1932, poucos anos após sua abertura, o acampamento Mystic precisou interromper temporariamente suas atividades justamente devido a enchentes que atingiram a região e destruíram casas em outros acampamentos.
Décadas depois, em 1987, 10 adolescentes que participavam de um acampamento cristão em um condado vizinho morreram durante uma tentativa de evacuação novamente por causa de fortes chuvas. Um ano depois, o acampamento Mystic precisou adiar a chegada de quatro ônibus com campistas após uma enchente impedir o trânsito em uma ponte local.
Na madrugada do dia 4 de julho, enquanto grande parte das pessoas localizadas na região dormia, os serviços meteorológicos emitiram um alerta de enchente repentina para o Condado de Kerr, com potencial “catastrófico” de perda de vidas.
Na manhã daquele trágico dia, familiares de campistas começaram a ser notificadas da tragédia. Algumas vítimas tinham entre 8 e 9 anos.
