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Paramount concorda em pagar US$ 16 milhões a Trump em processo sobre “interferência eleitoral”

A Paramount disse nesta terça-feira (1º) que concorda em pagar US$ 16 milhões para encerrar um processo movido em outubro por Donald Trump, sobre uma entrevista da ex-vice-presidente Kamala Harris ao programa “60 Minutes”, da CBS News durante a campanha eleitoral.

O acordo, que não inclui um pedido de desculpas, determina o pagamento dos honorários advocatícios de Trump e a transferência do restante do valor à futura biblioteca presidencial. A Paramount também concordou em divulgar transcrições de futuras entrevistas do “60 Minutes” com candidatos presidenciais.

Um porta-voz da equipe jurídica de Trump definiu o acordo como “outra vitória para o povo americano, já que ele, mais uma vez, responsabiliza a mídia de notícias falsas por seus erros e enganos”. Segundo ele, CBS e Paramount “perceberam a força deste caso histórico”.

De acordo com o Wall Street Journal, a CBS disse que a transmissão “não foi adulterada ou enganosa”.

Entenda o caso

Donald Trump processou a CBS, que pertence à Paramount, em outubro do ano passado, buscando inicialmente US$ 10 bilhões em indenizações, valor que foi posteriormente dobrado por ele. O principal motivo do processo é a alegação de interferência eleitoral. Trump acusa a rede de televisão de editar favoravelmente partes de uma entrevista com a então vice-presidente Kamala Harris, com o objetivo de impulsionar a campanha presidencial dela.

A controvérsia gira em torno de duas versões da mesma entrevista com Harris. Trump alegou que a versão exibida como prévia no programa de domingo de manhã “Face the Nation” era desfavorável a Harris, enquanto uma versão diferente foi ao ar na entrevista completa no episódio daquela noite de “60 Minutes”.

Uma longa resposta de Harris sobre Benjamin Netanyahu teve apenas 21 segundos exibidos como prévia no “Face the Nation” e uma parte diferente de sete segundos foi transmitida no “60 Minutes”. Trump afirmou que essas ações da CBS constituíram uma “distorção de notícias” que visava inclinar a balança a favor do Partido Democrata. A Paramount, por sua vez, contestou veementemente essa caracterização das edições e da intenção por trás delas.

Tensão

Uma das preocupações da Paramount em pagar uma grande quantia para resolver o caso seria a exposição da empresa a possíveis ações legais de acionistas acusando-os de suborno a funcionário público. As tensões dentro da rede sobre o assunto contribuíram para a renúncia do produtor executivo do “60 Minutes”, Bill Owens, e para a saída da presidente da CBS News, Wendy McMahon, em maio.

A Paramount é dona da CBS, do estúdio de produção homônimo e de vários canais a cabo. O desejo de resolver o processo com Trump teria ligação com os planos de fusão da Paramount com a Skydance Media, que está sendo revisada pela Comissão Federal de Comunicações (FCC, na sigla em inglês).

De acordo com o Wall Street Journal, Brendan Carr, presidente da FCC, declarou que uma reclamação de distorção de notícias de terceiros sobre a edição da entrevista pode influenciar a revisão da agência sobre a fusão Paramount-Skydance.

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