quinta-feira , 28 agosto 2025
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Braga Netto chama Cid de mentiroso em acareação; defesa diz que militar se contradiz

O ex-ministro da Defesa, Walter Braga Netto, confrontou nesta terça-feira (25) o tenente-coronel Mauro Cid durante uma acareação no Supremo Tribunal Federal (STF), chegando a chamá-lo de “mentiroso” em mais de uma ocasião, segundo informou seu advogado, José Luis de Oliveira Lima.

Durante a audiência conduzida pelo ministro Alexandre de Moraes, Braga Netto questionou a veracidade de trechos da delação de Cid que o incriminam. Segundo a defesa, o militar permaneceu “de cabeça baixa” e não teria rebatido diretamente as acusações feitas contra ele.

“Ele se contradisse ainda mais”, afirmou o advogado aos jornalistas. A sessão durou cerca de duas horas e contou com a presença do ministro Luiz Fux e do procurador-geral da República, Paulo Gonet.

Divergências

A defesa de Braga Netto apontou duas principais contradições entre os relatos de Cid e do general: uma reunião ocorrida em novembro de 2022 na casa do ex-ministro e a suposta entrega de dinheiro no Palácio da Alvorada.

Segundo Cid, a reunião teve um tom político, com críticas ao resultado das eleições. Já Braga Netto sustenta que se tratou de uma visita de cortesia e que o tenente-coronel permaneceu até o final do encontro.

Em relação à entrega de recursos, Cid já indicou três locais diferentes — duas garagens do Palácio da Alvorada e a sala dos ajudantes de ordens. “Agora ele trouxe um terceiro lugar. Perguntei: ‘Mas o senhor tem prova disso?’. Ele não tem prova de nada”, afirmou Juca.

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Em depoimento anterior ao STF, Cid relatou que os recursos foram entregues “em uma sacola ou caixa de vinho” e que ele os escondeu debaixo da mesa. Braga Netto nega qualquer envolvimento na entrega de dinheiro.

Torres e Freire Gomes

Na sequência, o também ex-ministro Anderson Torres participará de outra acareação, desta vez com o ex-comandante do Exército, Marco Antônio Freire Gomes.

A defesa de Torres nega que ele tenha participado de reuniões no Palácio da Alvorada nas quais Jair Bolsonaro teria discutido medidas de exceção com os chefes das Forças Armadas, conforme relatado por Freire Gomes.

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Um dos pontos de atrito será o documento encontrado na casa de Torres, que previa a decretação de estado de defesa. Freire Gomes afirmou que o conteúdo do documento foi discutido em reuniões no Palácio da Alvorada, embora, em seu depoimento mais recente, tenha classificado o texto como “semelhante”.

Procedimento fechado, atas públicas

As acareações ocorrem em sala reservada no STF, sem gravação em vídeo, mas com a produção de atas que serão divulgadas ao final do processo. Esse procedimento está previsto no Código de Processo Penal para casos de divergência entre testemunhas e investigados sobre fatos centrais.

Braga Netto está preso preventivamente desde dezembro, no Rio de Janeiro, e recebeu autorização para comparecer presencialmente ao STF. Foi a primeira vez que deixou a unidade militar onde está detido. Freire Gomes, inicialmente, havia solicitado participar por videoconferência, mas recuou.

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(Com informações da Agência O Globo)

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