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Países árabes consideram “inaceitável” ataque com mísseis iranianos no Catar

Vários países do Oriente Médio, especialmente os do Golfo Pérsico, condenaram nesta segunda-feira (23) o lançamento de mísseis iranianos contra a base aérea americana de Al Udeid, nos arredores de Doha, capital do Catar, uma ação de retaliação que foi descrita como “inaceitável” e que “não pode ser justificada em nenhuma circunstância”.

Em comunicado, o Ministério das Relações Exteriores da Arábia Saudita tachou a “agressão” de “inaceitável” e disse que o ataque constituiu “uma violação flagrante do direito internacional e dos princípios de boa vizinhança” e que “não pode ser justificada em nenhuma circunstância”.

A Arábia Saudita “afirma sua solidariedade e total apoio ao Estado-irmão do Catar e está empregando todos os seus recursos para apoiá-lo em todas as suas ações”, acrescentou a nota.

O Bahrein, que anunciou o fechamento de seu espaço aéreo após o ataque, também expressou solidariedade ao Catar “nessas circunstâncias delicadas na região” e ofereceu seus esforços para “evitar a escalada e resolver todas as disputas por meios pacíficos”, de acordo com o Ministério das Relações Exteriores.

Omã, que tem sido um mediador importante nas negociações nucleares entre Irã e Estados Unidos, também expressou apoio ao Catar e “às medidas que estão sendo tomadas para preservar sua segurança e estabilidade”, ao mesmo tempo em que pediu a “cessação imediata” de todas as operações militares na região.

Por sua vez, os Emirados Árabes consideraram o ataque “uma violação flagrante da soberania e do espaço aéreo do Catar e uma clara contravenção do direito internacional e da Carta das Nações Unidas”, ao mesmo tempo em que expressaram sua “rejeição categórica de qualquer ataque que ameace a segurança do Estado do Catar”.

O país pediu o fim “imediato” da escalada e advertiu que a continuação dessas hostilidades prejudicará a segurança regional e arrastará o Oriente Médio “para caminhos perigosos com consequências desastrosas para a paz e a segurança internacionais”.

Na mesma linha, o Egito expressou sua “profunda preocupação com a rápida e perigosa escalada na região” e confirmou sua rejeição a qualquer forma de escalada militar ou violação da soberania do Estado, pedindo um cessar-fogo.

Em comunicado, o Ministério das Relações Exteriores do Egito reiterou o “apelo à moderação e à adoção de soluções diplomáticas e de diálogo para preservar a segurança e a estabilidade na região”.

Além disso, o Kuwait, que também fechou temporariamente seu espaço aéreo após o ataque iraniano, condenou o ato e confirmou o apoio ao Catar em seu “direito de responder diretamente de forma proporcional à magnitude dessa agressão flagrante”.

O presidente do Líbano, Joseph Aoun, também classificou o ataque como uma “violação da soberania do Catar” e advertiu que esse ato ameaça espalhar a violência para outros lugares.

“Isso terá um impacto negativo sobre os esforços atuais para reduzir a tensão e retornar à mesa de negociações, que por si só pode encontrar soluções adequadas para restaurar a calma e a estabilidade na região”, disse Aoun, observando que o Catar foi mediador em vários conflitos regionais nos últimos anos.

A Guarda Revolucionária do Irã confirmou nesta segunda-feira que lançou um ataque com mísseis contra a base aérea americana de Al Udeid, no Catar, em retaliação ao bombardeio de três instalações nucleares no país islâmico, ocorrido no domingo (22).

Al Udeid, a maior base dos EUA no Oriente Médio, abriga cerca de 10 mil militares e serve como quartel-general avançado do Comando Central dos EUA (Centcom).

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