quarta-feira , 18 junho 2025
💵 DÓLAR: Carregando... | 💶 EURO: Carregando... | 💷 LIBRA: Carregando...

Governo Lula adia votação de veto sobre BPC e Bolsa Família no Congresso

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conseguiu adiar a votação do veto presidencial 46/2024, que altera regras de concessão do Benefício de Prestação Continuada (BPC) e do Programa Bolsa Família. Ainda não há nova data para a análise do veto no Congresso.

A decisão foi articulada pelo presidente do Senado e do Congresso Nacional, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), que tem mantido alinhamento com o Palácio do Planalto desde que reassumiu o comando da Casa em fevereiro. A manobra dá fôlego ao governo para evitar um desgaste em temas sociais sensíveis, especialmente em ano pré-eleitoral.

Vetos envolvem critérios de elegibilidade e segurança jurídica

O projeto de lei que trata do tema foi aprovado em 20 de dezembro de 2024 e sancionado por Lula uma semana depois, como parte do pacote de ajuste fiscal liderado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. O texto aprovado incluía medidas que restringiriam o acesso ao BPC e ao Bolsa Família.

Entre os pontos vetados por Lula está a exigência de comprovação de deficiência de grau moderado ou grave para acesso ao BPC, benefício assistencial destinado a idosos e pessoas com deficiência de baixa renda. Na justificativa, o presidente argumentou que a nova regra “traria insegurança jurídica” e contrariaria o interesse público.

Outro trecho barrado revogava um dispositivo da Lei do Bolsa Família que trata das condições para o reingresso de beneficiários desligados do programa. O Planalto também considerou que a mudança poderia causar confusão nas regras de elegibilidade, enfraquecendo a previsibilidade do sistema.

Governo tenta evitar revés político e impacto social

Nos bastidores, o Planalto avalia que uma eventual derrubada dos vetos pelo Congresso representaria um revés político e social, além de abrir espaço para questionamentos judiciais.

Continua depois da publicidade

A base governista teme o impacto da mudança nas camadas mais pobres da população, justamente o segmento em que Lula tem maior apoio — mas onde também enfrenta desgaste crescente por causa da crise econômica.

Além disso, interlocutores do governo temem que alterações nas regras de programas de transferência de renda provoquem instabilidade jurídica e operacional, o que poderia comprometer os esforços de reestruturação da área social e afetar o discurso de reconstrução do Estado.

fonte

Verifique também

Bolsonaro ironiza Lula com sósia e exalta Tarcísio: “Não sai mais da política”

Poucas horas após ser indiciado pela Polícia Federal na investigação que apura a existência da …

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *