terça-feira , 17 junho 2025
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Quem são os principais aliados militares de Irã e Israel no mundo atual

Nos últimos quatro dias, Israel e Irã voltaram a trocar ataques diretos em uma crise que se estende desde o massacre de 7 de outubro, quando terroristas treinados por Teerã mataram civis e militares numa invasão surpresa do Hamas em território israelense.

A nova troca de agressões já deixou centenas de civis feridos e promete continuar nos próximos dias ou até semanas. Quando o Irã bombardeou Israel em outubro do ano passado em resposta à morte do antigo líder do Hezbollah Hassan Nasrallah, EUA e Reino Unido forneceram caças, aviões de abastecimento e sistema de defesa aérea para Israel se proteger.

Desta vez sob o governo de Donald Trump, a Casa Branca já deixou claro que não teve envolvimento nos ataques, mas retratou a investida israelense como “bem-sucedida”, destacando que Washington segue apoiando Israel e focado em interromper o programa nuclear iraniano.

A França, cujo presidente Emmanuel Macron tem vivido há um tempo uma série de atritos com o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu devido à guerra em Gaza, também apoiou o país em seu direito à autodefesa e segurança nacional diante da ameaça do Irã.

Assim como o governo Trump, Paris se distanciou da iniciativa israelense contra Teerã e avisou que não participará de nenhuma ação, mas se envolverá em “operações de proteção e defesa de Israel”, se foram necessárias.

O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, deu declarações mais mornas sobre seu apoio ao país, dizendo que “ninguém ganha com a escalada das tensões na região”. Apesar disso, o Reino Unido decidiu enviar jatos militares ao Oriente Médio, justificando a medida como necessária para proteção de suas bases e pessoal na região.

Em entrevista à emissora Sky News, no domingo, a ministra das Finanças britânica, Rachel Reeves, foi questionada se o país ajudaria Israel se solicitado. Ela respondeu que “no passado, apoiamos Israel quando havia mísseis chegando”.

O chanceler da Alemanha, Friedrich Merz, também ressaltou a ameaça regional do Irã com seu programa nuclear e disse que seguirá apoiando Israel, apesar de pedir que os países reduzam as tensões. Segundo o líder alemão, a Alemanha estaria coordenando um posicionamento estreitamente com parceiros, particularmente EUA, Reino Unido e França.

Aliados regionais do Irã enfraquecidos após enfrentar suas próprias guerras

Apesar do Irã ter investido décadas de treinamento e dinheiro em milícias regionais com o mesmo objetivo de destruir Israel, a guerra com o Hamas – ainda em vigor – com o Hezbollah, no Líbano, e com os rebeldes houhtis, no Iêmen, enfraqueceram essas frentes que eram usadas como espécies de “braços armados” de Teerã, no chamado “Eixo da Resistência”.

Até o momento, apenas os iemenitas prometeram apoiar o Irã com novos ataques contra o território de Israel.

Teerã não possui laços formais com potências mundiais, mas nos últimos anos se aproximou de algumas delas, como China e Rússia.

Em janeiro, durante viagem a Moscou, o presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, assinou um Acordo de Parceria Estratégica Abrangente em “áreas diversas”, incluindo defesa, com a ditadura de Vladimir Putin. Mas a medida não envolve assistência militar mútua, como ocorre com a Coreia do Norte.

O líder do Kremlin chegou a telefonar para a presidência iraniana na sexta-feira para manifestar condenação ao ataque israelense contra a cúpula militar do Irã e suas instalações nucleares. “Vladimir Putin enfatizou que a Rússia condena as ações de Israel, que violam os estatutos da ONU e o direito internacional”, afirmou o comunicado publicado no site da Presidência russa.

Em outra conversa com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, Putin defendeu “o retorno ao processo de negociação e a resolução de todas as questões relacionadas ao programa nuclear iraniano exclusivamente por meios políticos e diplomáticos”.

A Rússia especificou que manterá seus “estreitos contatos” com as autoridades de Irã e Israel para resolver a situação “que pode ter as consequências mais terríveis para toda a região” do Oriente Médio.

O regime de Xi Jinping também expressou na sexta-feira sua “profunda preocupação” com as consequências do ataque aéreo de Israel contra múltiplos alvos no Irã e fez um apelo às partes envolvidas para que evitem uma escalada do conflito.

Pequim enfatizou que se opõe a “qualquer ação que infrinja a soberania, a segurança ou a integridade territorial do Irã”, bem como àquelas que “agravem as tensões e expandam o conflito”.

Diante da falta de aliados militares, como o Eixo da Resistência, Teerã também busca proteção diplomática para frear as investidas israelenses. É o caso da solicitação de uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU para que o órgão “cumpra com sua responsabilidade, condene este ato de agressão e faça com que Israel preste conta integralmente por seus crimes”.

O pedido está em uma carta do ministro das Relações Exteriores iraniano, Abbas Araghchi, enviada à presidência do Conselho de Segurança e ao secretário-geral da ONU, António Guterres, outra figura mundial que condenou as operações de Israel no Irã.

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