quarta-feira , 27 agosto 2025
💵 DÓLAR: Carregando... | 💶 EURO: Carregando... | 💷 LIBRA: Carregando...

Maioria das aplicações taxadas pelo governo não é “da cobertura”, aponta entidade

A afirmação do ministro Fernando Haddad, da Fazenda, que as novas medidas de compensação pela derrubada do aumento do IOF vão atingir apenas os “moradores da cobertura” é contestada por dados da Anbima, a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais.

Segundo um levantamento realizado pelo Poder360 junto à entidade, dos 6,48 milhões de contas, 63,7% são classificadas como “tradicionais” (4,12 milhões), enquanto que o restante de 36,3% é da chamada “alta renda” ou “private”. A apuração aponta que apenas 164,7 mil aplicações têm mais de R$ 5 milhões em títulos de Letras de Crédito e Certificados de Recebíveis Imobiliários ou do Agronegócio – as LCIs, LCAs, CRIs e CRAs – que eram isentos e agora passam a sofrer uma tributação de 5%.

Ao todo, segundo a Anbima, as aplicações somavam R$ 1,23 trilhão em abril de 2025, mês com últimos dados disponíveis.

VEJA TAMBÉM:

A equipe econômica justifica a tributação como parte do esforço para equilibrar as contas públicas. A isenção atual, segundo os técnicos da Fazenda, cria distorções no sistema, favorecendo certos tipos de investimento em detrimento de outros.

“Você carregar R$ 1,7 trilhão em títulos isentos somando uma renúncia fiscal de R$ 41 bilhões só neste caso, eu penso que nós não estamos – com uma taxa de juros no patamar que está [14,75%] – o país não está em condição de abrir mão de 100% do tributo que todo mundo paga quando compra um título do Tesouro e não cobrar nem 1%”, disse o ministro a jornalistas nesta quinta (12), ao chegar na Esplanada.

Ao contrário do que Haddad sinaliza, o volume financeiro não está concentrado apenas nas faixas mais altas. Do total aplicado, R$ 361,2 bilhões estão em contas tradicionais, R$ 387,2 bilhões em alta renda e R$ 485 bilhões em clientes “private”. Ou seja, quase 61% dos recursos estão fora do segmento de altíssimo patrimônio.

Os títulos com maior volume de investimentos são as Letras de Crédito do Agronegócio (LCA), com R$ 517,2 bilhões, seguidas pelas Letras de Crédito Imobiliário (LCI), com R$ 411,9 bilhões. Os certificados de recebíveis (CRA e CRI) e as debêntures incentivadas respondem por fatias menores, mas ainda expressivas do total.

A quantidade de contas reforça a ampla base de aplicadores. As LCIs somam 2,54 milhões de contas; as LCAs, 2,19 milhões. Ao todo, mais de 4,1 milhões de contas pertencem a categorias que não se enquadram como de altíssima renda.

fonte

Verifique também

Brasil vira segundo maior destino de investimentos da China no mundo

Para além do avanço na balança de exportações e importações, o interesse crescente da China …

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *