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Premiê socialista da Espanha pede “desculpas” após novo escândalo; oposição quer eleições antecipadas

O presidente do governo da Espanha e líder do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), Pedro Sánchez, pediu “desculpas” aos cidadãos do país nesta quinta-feira (12) por ter “acreditado” na integridade do seu até então homem de confiança na legenda, Santos Cerdán, acusado de envolvimento em um caso de corrupção, e disse que os socialistas não deveriam ter “confiado” nele.

Em entrevista coletiva na sede do PSOE, Sánchez anunciou uma auditoria externa para eliminar “qualquer sombra de dúvida”, revelou que exigiu a renúncia de Cerdán ao tomar conhecimento do relatório policial que o implica em supostos casos de corrupção e garantiu que “embora a decepção seja grande, a resposta será sempre contundente”.

“Quero pedir desculpas aos cidadãos, porque o Partido Socialista e eu, como secretário-geral do PSOE, não devíamos ter confiado nele”, disse.

Nesta quinta-feira, o secretário de Organização do PSOE (terceiro principal dirigente do partido), Santos Cerdán, renunciou ao cargo e anunciou que renunciará a seu mandato de deputado, após vir à tona um relatório policial que indica que ele pode ter gerenciado comissões em licitações de obras públicas em favor do ex-ministro socialista José Luis Ábalos e de um ex-assessor deste, Koldo García.

Sánchez afirmou que, além de uma auditoria externa das contas do partido, impulsionará uma reestruturação da direção do PSOE, partido do qual é secretário-geral.

O conservador Partido Popular (PP), principal legenda de oposição a Sánchez, pediu eleições antecipadas na Espanha devido ao escândalo.

“Exigimos explicações, renúncias e eleições”, disse o porta-voz do PP no Congresso dos Deputados, Miguel Tellado, segundo informações do jornal El Diário.

“Parece que começaram a roubar nas primárias [do PSOE de 2014] e não pararam. Parece que seu modus operandi era roubar votos de seus colegas para depois enriquecer e se manter no poder”, acrescentou.

Tellado, entretanto, disse que não apresentará uma moção de censura (que, se aprovada, derrubaria a gestão de Sánchez) porque a oposição não tem votos suficientes para que a medida passe no Parlamento.

A porta-voz do partido de direita nacionalista Vox no Parlamento, María José Rodríguez de Millán, destacou as várias denúncias de corrupção no governo Sánchez.

“Quase todos da Gangue do Peugeot [referência ao núcleo duro da gestão socialista] já estão implicados: Koldo, Santos Cerdán e Ábalos, que alertou há alguns meses que o caso ia escalar. Pois bem, só falta um degrau, e esse degrau é Pedro Sánchez”, afirmou.

Sánchez disse nesta quinta-feira que não convocará eleições gerais antecipadas e que cumprirá seu mandato até o fim, em 2027.

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