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Apesar de críticas a Eduardo Bolsonaro, esquerda já montou ofensiva internacional contra STF e judiciário

Durante o período em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) respondia a processos por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, diversos atores ligados ao petista recorreram a fóruns e lideranças estrangeiras para denunciar “perseguições políticas”. A tentativa era de denunciar o que consideravam irregularidades e arbitrariedades no poder judiciário. Agora, no entanto, a esquerda brasileira tem apoiado as decisões da Procuradoria Geral da República (PRG) e do Supremo Tribunal Federal (STF) contra o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro, por sua atuação nos Estados Unidos.

Desde março, quando se licenciou para viver nos Estados Unidos, Eduardo tenta articular sanções contra autoridades brasileiras com o governo do presidente Donald Trump. O deputado licenciado alega que há perseguição política em inquéritos e processos contra ele e outros aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Diante dessa atuação, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, acusa o deputado licenciado pelos supostos crimes de coação no curso do processo, obstrução de investigação de infração penal que envolva organização criminosa e abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

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Ofensiva internacional foi adotada pela esquerda para apoiar Lula

A estratégia de buscar apoio internacional foi utilizada pela esquerda durante a Operação Lava Jato e em razão de decisões judiciais envolvendo Lula. Especialmente entre 2017 e 2020, a esquerda provocou intensa mobilização política e jurídica, não apenas no Brasil, mas também em cenários internacionais.

De viagens à Europa a apelos em organismos multilaterais, essas articulações visavam questionar a imparcialidade do Judiciário brasileiro e denunciar a suposta perseguição política a Lula.  

O advogado de Lula na época da prisão, hoje ministro do STF, Cristiano Zanin recorreu ao exterior para questionar a imparcialidade do judiciário. Uma das ações de Zanin envolveu uma passagem pela Europa, buscando contato com parlamentares, advogados e acadêmicos. O objetivo dele era difundir a tese de que o Judiciário brasileiro não estava garantindo os “direitos constitucionais” dos acusados no processo e que Lula estaria sendo alvo de “perseguição política”.  

Zanin também questionava a “rapidez” com que o processo de Lula estava sendo julgado. “Fizemos uma amostragem de 10 processos, sendo cinco da Lava Jato e cinco fora da Lava Jato, e a média que encontramos é de 170 dias (o relator demorou 102 dias para elaborar o voto no caso de Lula). Então, esse dado objetivo permite dizer que o recurso do ex-presidente Lula está tendo uma tramitação acelerada se comparado com outros processos do tribunal”, disse Cristiano Zanin em entrevista para a BBC Brasil em 2017. 

Depois, a defesa de Lula, liderada por Zanin, também protocolou uma medida cautelar no Comitê de Direitos Humanos das Nações Unidas, em Genebra, na Suíça, para que o governo brasileiro impedisse a prisão de Lula. 

Em 2018, quando Lula já estava preso, a atual ministra das Relações Institucionais Gleisi Hoffmann, então senadora, pediu apoio do mundo árabe contra a prisão de Lula. Ela alegava que Lula não havia cometido nenhum crime e era um ‘preso político’. No vídeo, que foi divulgado pela emissora Al Jazeera, Gleisi dizia que o objetivo da prisão era “não permitir que Lula seja candidato na eleição”. 

Apesar de já ter buscado apoio internacional contra decisões judiciais do caso de Lula, gora, Gleisi Hoffmann defendeu a abertura do processo contra Eduardo Bolsonaro por condutas semelhantes. 

A ex-presidente Dilma Rousseff também fez parte da mobilização internacional que buscava costurar apoio de partidos e movimentos sociais contra a prisão de Lula. Após ser afastada do cargo, Dilma foi aos Estados Unidos e à Europa, onde fez palestras e buscou reforçar a imagem de que a prisão de Lula foi uma “arbitrariedade”. 

O deputado Guilherme Boulos também esteve na Europa em uma “jornada de defesa da democracia brasileira”. Em vídeo, compartilhado recentemente pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Boulos afirmava que o Brasil vivia “a maior crise democrática desde o fim da ditadura militar”. “Se o STF finge que não ouve, se parte do judiciário brasileiro vira as costas para a defesa da democracia, e chancela que a Constituição seja rasgada, nós temos que fazer essa denúncia mundo afora”, disse Boulos em vídeo gravado em Lisboa, Portugal. No vídeo, Boulos também sugere que o judiciário estava querendo “tomar os rumos da sociedade brasileira” e “resolver o processo eleitoral no tapetão”.

Já em 2020, um manifesto internacional foi entregue ao STF, pedindo a anulação de sentenças da Lava Jato que atingiam Lula. O documento foi assinado por pessoas de mais de 40 países, dentre eles Venezuela, Uruguai, República Dominicana, México, Portugal, Serra Leoa, Tunísia, Palestina, Noruega, Marrocos, Inglaterra e Holanda. Nele, lideranças de movimentos populares, juristas, pesquisadores, personalidades e outros expressavam “profunda preocupação com curso do julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva”. 

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