quarta-feira , 27 agosto 2025
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Rússia abre processo criminal contra jornalista opositora de Putin

O regime da Rússia abriu um processo criminal contra Galina Timchenko, fundadora e diretora executiva do portal de notícias opositor Meduza, sob a acusação de organizar atividades de uma organização considerada “indesejável” pela ditadura de Vladimir Putin. A informação foi confirmada nesta terça-feira (20) pelo próprio Meduza e pelo Comitê de Instrução da Rússia, que afirmou que a jornalista pode ser incluída na lista federal de procurados, dependendo do desdobramento das investigações.

Segundo os investigadores, Timchenko teria publicado vídeos entre setembro de 2024 e março de 2025 com o objetivo de “fomentar sentimento de protesto e envolver o público nas atividades de uma organização reconhecida como indesejável dentro do território da Federação Russa”. Se condenada, ela pode enfrentar até seis anos de prisão, de acordo com a legislação russa.

O Comitê de Instrução de Moscou informou também que está avaliando a possibilidade de pedir a inclusão de Timchenko em uma lista internacional de procurados. Em agosto de 2024, o Ministério da Justiça já havia classificado a jornalista como “agente estrangeira”.

Em junho do ano passado, Timchenko foi multada em 14 mil rublos (cerca de R$ 984) por um tribunal de Moscou, sob acusação de envolvimento com uma “organização indesejável”. A penalidade ocorreu após ela discutir as atividades do Meduza e responder a perguntas de leitores em um podcast publicado no início daquele ano.

O Meduza, criado em 2014 e hospedado na Letônia , é um portal independente de notícias que passou a ser classificado como “agente estrangeiro” em abril de 2021, e em janeiro de 2023, foi declarado oficialmente como “organização indesejável”, levando ao bloqueio do seu site em todo o território russo. Desde então, o portal enfrenta restrições severas impostas pelo Kremlin devido à sua cobertura independente, especialmente em relação à invasão da Ucrânia.

A legislação de “organizações indesejáveis”, implementada pelo regime russo em 2015, permite que a Procuradoria-Geral rotule qualquer entidade estrangeira ou internacional como uma ameaça à ordem constitucional, à defesa ou à segurança do país. Colaborar, apoiar ou participar de tais organizações pode resultar em sanções administrativas e criminais. Segundo as autoridades russas, “a participação em tais organizações, ou mesmo a cooperação com elas, pode resultar em sanções administrativas ou penais”.

Em nota, o Meduza reforçou que a acusação contra Timchenko faz parte de uma série de medidas repressivas para silenciar a oposição e restringir o trabalho da imprensa livre na Rússia.

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