O governo do Canadá anunciou nesta quarta-feira (12) uma retaliação comercial contra os EUA depois que o presidente americano, Donald Trump, impôs tarifas de 25% sobre as importações de aço e alumínio.
O Canadá imporá tarifas de 25% sobre US$ 20,7 bilhões de produtos dos EUA a partir desta quinta-feira (13), anunciaram hoje os ministros canadenses de Finanças, Dominic LeBlanc; Relações Exteriores, Mélanie Joly; e da Indústria, François-Philippe Champagne.
À meia-noite de terça-feira, os EUA começaram a aplicar as tarifas às importações de aço e alumínio de todo o mundo, somando-se às tarifas que o governo americano iniciou na semana passada sobre os produtos canadenses excluídos do tratado T-MEC.
LeBlanc disse em entrevista coletiva que as tarifas canadenses de retaliação serão aplicadas a importações de aço dos EUA, que também afetarão produtos como ferramentas, computadores, equipamentos esportivos e produtos de estampagem de ferro.
As novas tarifas se somam às que o Canadá já vem aplicando desde o início de março sobre outras importações dos EUA, que variam de bebidas alcoólicas a suco de laranja e eletrodomésticos.
No total, o Canadá está atualmente cobrando tarifas de 25% sobre quase US$ 60 bilhões importados.
LeBlanc também deixou claro que o governo canadense “pode impor” mais tarifas em resposta às ações do governo Trump.
“Nosso governo continuará a trabalhar incansavelmente para convencer o governo Trump a abandonar completamente essas tarifas, que são absolutamente injustificadas”, acrescentou.
Por sua vez, Joly afirmou que “essa será uma luta diária” e avisou que, durante a cúpula de ministros do G7 que começa nesta quarta-feira na cidade canadense de Charlevoix, abordará a guerra comercial em todas as conversas que tiver com o secretário de Estado americano, Marco Rubio.
“Em todas as reuniões, levantarei a questão das tarifas para coordenar nossa resposta com os europeus e pressionar os americanos. Isso é muito mais do que economia. É uma questão do futuro do nosso país. A soberania e a identidade canadenses não são negociáveis”, declarou.