O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, teve sua circulação restrita a apenas cinco quarteirões em Nova York durante sua participação na Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). As informações são da Folha de S.Paulo.
Segundo o jornal, a medida foi imposta pelo governo dos Estados Unidos, que concedeu o visto para sua entrada, mas limitou seus deslocamentos na cidade, incluindo rotas entre seu hotel, a sede da ONU e a missão brasileira.
Padilha, que foi alvo de sanções por sua atuação na criação do programa Mais Médicos durante o governo Dilma Rousseff, teve o visto revogado por Trump em 2024, o que o impediu de obter nova permissão para viajar aos EUA.
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O governo brasileiro solicitou o visto em agosto para que o ministro pudesse participar de eventos internacionais, como a reunião da Organização Pan-Americana de Saúde em Washington e a Assembleia-Geral da ONU em Nova York, onde ele deveria discutir doenças crônicas.
Apesar de um acordo internacional de 1947 que obriga os Estados Unidos a permitir a circulação de autoridades estrangeiras no distrito da ONU, o governo americano tem imposto restrições a representantes de países sancionados, como Irã, Venezuela e Coreia do Norte.
A tensão entre Brasil e Estados Unidos se intensificou com o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, aliado de Trump, que classificou o processo como uma “caça às bruxas”.
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Em retaliação, o governo americano aplicou sanções, incluindo tarifas elevadas e suspensão de vistos para ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Executivo brasileiro. Alexandre de Moraes, ministro do STF, também foi alvo de punições financeiras via Lei Magnitsky.